Estou em Científico-natural e por vezes cansa-me estar sempre a pensar da mesma forma, recorrendo a uma objectividade incessante, atendendo constantemente à lógica das coisas, como se ela existisse sempre…
Estudar Portugûes torna-se um prazer já que me permite uma subjectividade equilibradora e ler excertos deliciosos como este:
“Porque escrevo? Escrevo para tornar possível a realidade, os lugares, tempos, pessoas que esperam que a minha escrita os desperte do seu modo confuiso de serem. E para evocar e fixar o percurso que realizei, as terras, as gentes, e tudo o que vivi e que só na escrita eu posso reconhecer, por nela recuperarem a sua essencialidade, a sua verdade emotiva, que é a primeira e última que nos liga ao mundo. Escrevo para tornar vísivel o mistério das coisas. Escrevo para ser.Escrevo sem razão.”
Vergílio Ferreira
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