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segunda-feira, junho 07, 2004

Sábado foi um dia de despedidas... É um daqueles momentos que ficam, que perduram, que revisitamos. Geralmente despeço-me antecipadamente e no último minuto fico a observar, a pensar no que reter, o que aprender. Há uma aprendizagem diferente que surge na altura da despedida... A distância emocional torna clara tanta coisa subjacente!

Aquela comunicação de sentimentos que trespassa a intelectualização, originando aquele friozinho no estomago, é um luxo que alguns poetas partilham... Obrigada Milton!


Mande notícias do mundo de lá
Diz quem fica
Me dê um abraço venha me apertar
Tô chegando
Coisa que gosto é poder partir sem ter planos
Melhor ainda é poder voltar quando quero
Todos os dias é um vai-e-vem
A vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai querer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar
E assim chegar e partir
São só dois lados da mesma viagem
O trem que chega
É o mesmo trem da partida
A hora do encontro é também despedida
A plataforma dessa estação
É a vida desse meu lugar
É a vida desse meu lugar, é a vida