|

segunda-feira, janeiro 03, 2005

Células Estaminais são células indeferenciadas que podem originar tecidos de diferentes tipos. Exemplo disso são as células da medula vermelha dos óssos que originam, numa última fase, todos os tipos de células sanguíneas. No entanto, no indivíduo adulto, as células já não têm a mesma potencialidade das células embrionárias, que podem regenerar qualquer tipo de tecido.
Por isso, as investigações caminham no sentido de estudar o uso de embriões. Esta acção levanta inúmeras questões éticas...
Que devemos pensar?
  • A vida (em potência) dos embriões deve ser respeitada? Ou devemos privilegiar os indivíduos que têm ligações com pessoas e com o Mundo?
  • As investigações estão numa fase inicial, partimos da ignorância, será que podemos arriscar assim com células humanas? Por outro lado, a formação de teratocarcinomas ou metástases (um dos riscos potenciais mais fortes) não foi ainda presenciada em nenhum ser humano em que foram implantados tecidos estaminais.
  • A desigualdade de oportunidades ao acesso ao tratamento com células estaminais é outra questão ética já que mais uma vez, devido ao elevado custo da investigação e aplicação, vão existir cidadãos de primeira e cidadão de segunda. Por outro lado, na Califórnia já existe um fundo estatal para incitar as investigações e não parece que a paragem dos projectos seja uma possibilidade. Além disso, numa fase posterior poderá verificar-se um alargamento do acesso aos tratamentos.
  • Descobriu-se que os tecidos pluripotentes (presentes nos adultos, no fígado, medula ósseo, epitélio de revestimento, etc) têm uma maior potência do que seria de esperar. Por exemplo, as células epiteliais poderão regenerar células neuronais, ajudando no tratamento de doenças como o Parkinson ou Alzeihmer... No entanto, é preciso notar que isto apenas foi conseguido em células de rato e as conclusões não podem ser precipitadas.

Qual a vossa opinião? Contra ou a Favor? Sim ou sopas?