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quinta-feira, abril 21, 2005

Há dias uma colega mandava-me um mail que, entre outras coisas, dizia:
"Estudas medicina quando:
- toda a gente te pergunta com horror e expectativa se /'já viste um morto'/, sem importar o ano em que estás;
- os amigos dos teus pais identificam-te como /'aquele que estuda medicina'/ em vez de te tratarem pelo teu nome;
- não importa o muito que estudes, cada vez sentes que te falta saber mais e mais;
-puseste várias vezes a hipotése de mudar de curso, para comunicação ou turismo;
- estás certo que 80 % dos teus colegas se casarão com uma enfermeira;
- sentes que não restam coisas (materiais) que te possam fazer asco;
- descobres que não podes comer com os teus companheiros de curso sem, inevitavelmente, acabarem a falar de temas médicos;
- te sentes menos se o teu estetoscópio não é 'Littmann';
- eliminaste do teu léxico o sufixo /'logia'/ e te limitas a dizer >'morfo', 'micro', 'fisio', 'pato', 'semio', 'cardio', 'embrio', ...;
- tomas mais café que água, por dia
- estranhas os dias em que conseguias saber o que se passava com a actualidade nacional;
- cada vez que comes ou bebes algo, reparas na composição, calorias e vitaminas;
- tratas de recordar todos os dias a razão pela qual entraste em medicina, e se não a encontras consolas-te a pensar no tempo que falta para te licenciares."

Sim, é verdade, mas também não exagerem (como algumas pessoas que estranham ver-me na rua... sem livros!). Somos pessoas normais (a grande maioria!) temos tempo para os amigos e família, só desistimos de coisas como doses duplas de novelas, algumas refeições em casa (q altura melhor para por a conversa em dia c aquele amigo especial?), e depois passamos a dividir os suplícios de estudar coisas dificeis...