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domingo, maio 15, 2005

O perigo de falar

Hoje falamos sem parar, ao telemóvel, quando encontramos alguém, quando não temos nada a ocupar a mente…
E quantas vezes não teremos catalogado uma realidade, transformando as perspectivas do emissor e do receptor? Quantas vezes, naquelas palavras mais ou menos superficiais, não teremos tido um efeito negativo?
As palavras são um poder imenso, reveladoras de pensamento secretos, sentimentos intermitentes, emoções latentes, são uma catarse, mas também podem tornar o sagrado em profano, o singular em vulgar…
O perigo da vulgaridade mantém-me os meus sentimentos mais profundos, calados, num silêncio de palavras… Resta-me uma multidão de gestos.