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sexta-feira, novembro 25, 2005

Uma vez disseram-me “A partilha da loucura é um supremo acto de amor”.
Por isso para ti que,

inventas comigo uma constelação, enquanto dormimos com a cabeça fora da tenda;

atendes os telefonemas de amigos com "O número que marcou não está atribuído";

crias personagens imaginárias para nós representarmos;

te ris das minhas imitações e piadas menos conseguidas;

fazes os funerais às coisas mais inacreditáveis (desde o peixe morto à comida fora do prazo);

és capaz de dizer que sou linda, quando o corte de cabelo não ficou bem e a roupa não assenta;

fazes um esforço por ouvir as músicas estranhas que vou buscar à net;

ouves as minhas lágrimas e as preenches de palavras doces,

conheces o lado mais negro da luz que me ilumina o rosto e ainda assim gostas de mim...


obrigada