O pior conselho da minha mãe? “Diz sempre a verdade e se o fizeres não receberás castigo”.
O tempo que eu não demorei para perceber a qualidade do conselho! Até lá, andei pelo mundo a espalhar a minha verdade. Assim, quando uma colega me perguntava a minha opinião acerca dos seus problemas, eu dizia-lhe a minha verdade acerca das suas decisões. Se alguém se recriminava ou advogava um seu defeito, eu assentia, se estivesse de acordo com a minha perspectiva da realidade – era a minha verdade dos factos que importava.
Bem, rapidamente compreendi que, pelo menos, a segunda parte da premissa não estava correcta, pois eu dissera a verdade e mesmo assim recebera castigo!
Quanto à primeira parte, questioná-la foi mais complicado. O dogma da Verdade paira em todo o lado. Nas lições de catequese ouvia longas estórias de pessoas que não respeitaram o conselho da minha mãe e sofriam graves perdas e castigos, na Rua Sésamo, em menor escala, reproduziam-se cenas semelhantes. E, o pior de tudo, a minha mãe continuava a reforçar a minha expressão da verdade.
As incoerências da sociedade são assim: desde pequenos se ensina aos meninos: “A verdade! Tens de dizer a verdade!”. E quando os meninos crescem e seguem a regra, deparam-se com o castigo de quem não segue as normas sociais: a REJEIÇÃO.
Não estou a dizer que a norma social está errada. Não desejo para mim, um amigo que me esteja constantemente a falar da sua verdade quando lhe falo das minhas decisões. Creio que ninguém quer que outrem lhe diga como resolver a sua vida.
O que eu quero dizer é que tão cedo quanto possível nos deviam ensinar a diferença entre “ser honesto” e “dizer a verdade”.
O tempo que eu não demorei para perceber a qualidade do conselho! Até lá, andei pelo mundo a espalhar a minha verdade. Assim, quando uma colega me perguntava a minha opinião acerca dos seus problemas, eu dizia-lhe a minha verdade acerca das suas decisões. Se alguém se recriminava ou advogava um seu defeito, eu assentia, se estivesse de acordo com a minha perspectiva da realidade – era a minha verdade dos factos que importava.
Bem, rapidamente compreendi que, pelo menos, a segunda parte da premissa não estava correcta, pois eu dissera a verdade e mesmo assim recebera castigo!
Quanto à primeira parte, questioná-la foi mais complicado. O dogma da Verdade paira em todo o lado. Nas lições de catequese ouvia longas estórias de pessoas que não respeitaram o conselho da minha mãe e sofriam graves perdas e castigos, na Rua Sésamo, em menor escala, reproduziam-se cenas semelhantes. E, o pior de tudo, a minha mãe continuava a reforçar a minha expressão da verdade.
As incoerências da sociedade são assim: desde pequenos se ensina aos meninos: “A verdade! Tens de dizer a verdade!”. E quando os meninos crescem e seguem a regra, deparam-se com o castigo de quem não segue as normas sociais: a REJEIÇÃO.
Não estou a dizer que a norma social está errada. Não desejo para mim, um amigo que me esteja constantemente a falar da sua verdade quando lhe falo das minhas decisões. Creio que ninguém quer que outrem lhe diga como resolver a sua vida.
O que eu quero dizer é que tão cedo quanto possível nos deviam ensinar a diferença entre “ser honesto” e “dizer a verdade”.
E por que raio nunca me incitaram a procurar a verdade em vez de verbalizar o resquício de verdade contido em mim?
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