"olá, borboleta.
queres contar-nos como foi a tua vida? como passaste de lagarta a crisálida? como aprendeste a voar? queres contar-nos como se derramam esses pózinhos das tuas asas? queres dizer-nos por onde passaste, as coisas que viste e aquilo que preferiste não ver?"
Inês, the steamed cauliflower
Pois, eu quis contar-vos um pouco sobre mim.
durante o tempo em que o fiz, algumas metamorfoses ocorreram. não sei se passei de lagarta a crisálida, se aconteceu o inverso .
não sei bem o que aprendi. (re)descobri-me, por me dar e por me receber em todas pessoas que fizeram parte dos meus dias.
passei por muita gente, através da qual viajei.
reconheci-me nos seus traços, tentei fugir dos seus (e também meus!) defeitos, deixei-me pousar nas suas qualidades.
não fiz este blog para mim. fi-lo por mim.
ele é um reflexo de mim, não tanto do meu percurso. ele é o reflexo do desejo (necessidade?) de partilhar.
foi muito importante partilhar esta tralha que me povoa os recantos do ser.
agora não o vou apagar. nem vou deixar de ser quem sou.
não é isso que está em causa.
o meu passado faz parte da minha identidade. não vou evitar-me.
creio que o que mudou é que quero partilhar coisas diferentes ou expressar as mesmas de uma outra forma. provavelmente terei uma nova morada online.
não sei, ainda, e vou dar-me tempo para decidir.
este é o penúltimo post, então... o próximo deve revelar a sentença de uma reflexão, que espero, pacífica.
gostei muito de vos ter perto de mim. não importa se comentaram, se me falaram daquele ou doutro post. não importa.
foi bom o suficiente poder construir-me através da expressão do pensamento e da emoção. foi esplenderoso ver-me compreendida nos meus devaneios, ânsias e medos latentes. ou como lhes chamei (sempre eufemística): castelos no ar.
a minha gratitude é infindável