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quarta-feira, janeiro 25, 2006

Só um minuto para registar algumas palavras que me ficaram na retina.

Ontem, 18h55, Danuza Leão dizia no GNT:
"Uma coisa sempre presente na minha vida: em todas as alegrias, todo o cansaço, todo o sofrimento, todo o sucesso, tudo isto vai passar. Também isto vai passar."

Hoje, 10h55, Carlos Fernandes dizia no anfiteatro:
"Lembrem-se sempre de uma coisa, a informação não muda por si só os comportamentos. São os comportamentos que mudam os comportamentos. Não é ficar sentado numa poltrona a pensar. Só a acção muda a acção."

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sábado, janeiro 14, 2006

E quando não tenho nada para te dar,
nenhuma palavra tranquilizadora
nenhuma graça para te fazer sorrir
nenhum elogio para ser gentilmente aceite
nenhuma mágoa para desabafar contigo
nenhuma descoberta para te revelar
nenhum "buuu" para te causar supresa
nenhum segredo para partilhar
nenhuma característica de outrém para caricaturar
nada a dizer.

Nesse momento, surge o silêncio,
o silêncio que nos esclarece o que nós somos
Nesse momento, podemos
Desviar o olhar
Entender os braços um para o outro
Mostrar os dentes num sorriso
Esboçar um "olá" ou "adeus" contido entre os lábios
Gritar a alegria do reencontro
Fazer mmhmmm ao "tudo bem?"

Posso fugir de ti, para não me reencontrar, a mim em ti...


E é nesse silêncio que sei quem sou em ti e quem és tu em mim.
É aí que conheço a nossa condição humana.

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A descoberta da Semana foi: A Pupila não existe!
Após muitas buscas no Netter (atlas de anatomia), resolvi perguntar na aula prática, onde estava a pupila...
Ao que parece, a pupila é o que a íris deixa ver do cristalino (lente). Se a íris dilatar, diminuindo a pupila, passa pouca luz para a lente.
Não temos, afinal, uma coisa preta a diminuir e aumentar...
Isto para mim foi quase tão revolucionário como o sol não anda à volta da Terra.
A Marta imaginou, desde logo, este diálogo:
- Mummy, o que é aquilo preto no meio dos olhos?
- Não é nada filha! É um buraco!

:) para a Marta

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domingo, janeiro 01, 2006

A minha existência, partilhei-a nos caracteres, mas principalmente nos espaços em branco, nas vírgulas e pontos finais aqui e não ali, nesta curiosa forma de existir em que se partilha um "eu" solitário perante um teclado, mas com reflexos das memórias, dos sentimentos e emoções de todos os outros "eus".

Nestes reflexos, espero ter contribuído com um pouco de cor para os vossos castelos de ar.

(maria joão, furadouro 2005)

Desejo-vos um ano cheio de luz, cheio de azul-céu, verde-mar, amarelo-canário e de todas as cores que nos fazem superar o lado cinzento da existência.

Um último desejo: que os nossos castelos no ar sejam o ponto de partida para a construção de bons alicerces,
nas construções mais terrenas que nos preenchem os dias.