(fotografia da autoria da própria)
Castles in the air
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Diz a minha mãe que...
Gosta da RFM, e não se importa nada de ouvir 20 vezes o goldplay, ou 30 os Backstreet e mesmo aquela... a que canta com o Daniel (Daniel, mãe? Sim! O Daniel Sanchez).
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sexta-feira, dezembro 30, 2005
"Não tiro fotografias de pessoas que têm em boa conta.
Não conseguem surpreender-me."
segunda-feira, dezembro 26, 2005
|terça-feira, dezembro 20, 2005
"Um livro faz-se a si mesmo..." dizia hoje José Saramago na TSF.
Depois da ideia inicial, de exitir uma estrutura, os alicerces do romance, defende que a restante a casa surge por si.
Sabe-me bem pensar nos livros, assim, pouco premeditados nos seus pormenores... Livros guiados pela economia do texto, num jogo do inconsciente, subconsciente, que decora o texto com pormenores de memórias esquecidas, numa multiplicidade de alter egos que são todas as personagens.
Por isso, este Natal, abaixo todos os Nicholas Sparks e Danielle Steels com as suas personagens teatralmente dispostas no jogo de romantismos lamechas...Se pensarmos nesses livros como uma casa, diria que se poupou no arquitecto para investir num designer de interiores fã de dourados...
domingo, dezembro 11, 2005
|quinta-feira, dezembro 08, 2005
"leiam este livro como se lê um livro de poemas/de prosa poética.
Abram numa página qualquer, comecem num qualquer parágrafo.
E leiam de olhos fechados.
Sob a forma de uma sucessão musical e mágica de palavras que sobre o quotidiano flutuam e vencem, nunca a beleza foi tão icessantemente buscada.
É a história de um só dia.
E é todo o mundo, toda uma vida, as nossas vidas todas, as perdidas e as ainda por perder."
William, sobre Mrs Dalloway
terça-feira, dezembro 06, 2005
|domingo, dezembro 04, 2005
Diz a minha mãe que...
Gosta da RFM, e não se importa nada de ouvir 20 vezes o goldplay, ou 30 os Backstreet e mesmo aquela... a que canta com o Daniel (Daniel, mãe? Sim! O Daniel Sanchez).
Ah! Já sei, é a Shakira!
Entretanto as colegas de trabalho preferem a Antena Vareira... E a minha mãe acaba por sofrer o inevitável frete de ouvir discos pedidos. Diz a minha mãe que vão lá umas senhoras que mandam grandes beijos aos maridos, que dizem que os amam e que mandam beijinhos para os filhinhos, frutos do seu grande amor... (Tudo isto comentado pelas colegas, que as conhecem, e lá vão relatando: Pois, pois, grande amor, deves gostar de vir parar às urgências!). O rol de beijos não fica por aqui, não sem antes comentar a vida amorosa do locutor, sem cumprimentar a Rosinha do talho e família, o Sr. Almerindo Sousa, filhos e esposa, as vizinhas de cima: Julinha, Xaninha e filhos, Nuno Ricardo, Vanessa Sofia e Cátia Isabel...
sexta-feira, dezembro 02, 2005
Às vezes assisto a conversas que fazem todo o sentido para mim, pois revelam-me aquilo sentia, mas não sabia expressar. Ou melhor, talvez ouvir alguém dizer o mesmo que penso me dê autorização para expressá-lo com a minha voz.
Uma vez deram-me autorização para falar na confiança nos outros. Em abstracto pode parecer uma coisa do tipo sim ou não, mas existem tantas implicações…
Vou começar pelo exemplo mais extremo, no caso de um suicídio, vocês não acham que posso dizer que a pessoa deixou de confiar nas pessoas em geral, desistiu de pedir ajuda porque já ninguém poderia fazer nada para mudar a situação? É natural que não concordem comigo, que digam que não é uma questão de confiança…
Nesse caso, se não concordarem comigo, confiem suficientemente em mim para discuti-lo comigo. Confiar envolverá, neste caso, acreditarem que serei capaz de ter uma discussão civilizada, que saberei ouvir, argumentar ou assentir.
Parece uma coisa banal, mas é raro, as pessoas confiarem uma nas outras para terem discussões civilizadas. Experimentem apoiarem-se num balcão quando têm uma pessoa à vossa à frente, imediatamente ela assume má vontade, em vez do peso da vossa mochila. No entanto, ao mesmo tempo que olha desconfiadamente, mantém-se calada, esperando atacar em vez de falar sobre o assunto civilizadamente.
Ultimamente, a minha experiência tem-me levado a acreditar que a confiança é a unidade de medida da amizade. Tenho muita pena que as pessoas não confiem umas nas outras o suficiente para lhes dizerem o que sentem.
Seria tudo tão mais fácil, se eu ou se tu, parássemos para dizer: “Preciso de atenção”; “Dá-me miminhos”; “Não gostei da tua atitude por isto e por aquilo”; “Sinto isto e não posso evitar ter este comportamento”… (Quantos aborrecimentos não seriam evitados?)
Mas para isso, precisamos de confiar uns nos outros. Confiar que a pessoa vai ter uma boa reacção, vai saber ouvir e juntos vão ajudar-se mutuamente a lidar pacificamente com os sentimentos dos dois.
Podes ter a certeza de que vou tentar confiar em ti que leste aquilo que acabei de escrever…
Uma vez deram-me autorização para falar na confiança nos outros. Em abstracto pode parecer uma coisa do tipo sim ou não, mas existem tantas implicações…
Vou começar pelo exemplo mais extremo, no caso de um suicídio, vocês não acham que posso dizer que a pessoa deixou de confiar nas pessoas em geral, desistiu de pedir ajuda porque já ninguém poderia fazer nada para mudar a situação? É natural que não concordem comigo, que digam que não é uma questão de confiança…
Nesse caso, se não concordarem comigo, confiem suficientemente em mim para discuti-lo comigo. Confiar envolverá, neste caso, acreditarem que serei capaz de ter uma discussão civilizada, que saberei ouvir, argumentar ou assentir.
Parece uma coisa banal, mas é raro, as pessoas confiarem uma nas outras para terem discussões civilizadas. Experimentem apoiarem-se num balcão quando têm uma pessoa à vossa à frente, imediatamente ela assume má vontade, em vez do peso da vossa mochila. No entanto, ao mesmo tempo que olha desconfiadamente, mantém-se calada, esperando atacar em vez de falar sobre o assunto civilizadamente.
Ultimamente, a minha experiência tem-me levado a acreditar que a confiança é a unidade de medida da amizade. Tenho muita pena que as pessoas não confiem umas nas outras o suficiente para lhes dizerem o que sentem.
Seria tudo tão mais fácil, se eu ou se tu, parássemos para dizer: “Preciso de atenção”; “Dá-me miminhos”; “Não gostei da tua atitude por isto e por aquilo”; “Sinto isto e não posso evitar ter este comportamento”… (Quantos aborrecimentos não seriam evitados?)
Mas para isso, precisamos de confiar uns nos outros. Confiar que a pessoa vai ter uma boa reacção, vai saber ouvir e juntos vão ajudar-se mutuamente a lidar pacificamente com os sentimentos dos dois.
Podes ter a certeza de que vou tentar confiar em ti que leste aquilo que acabei de escrever…