Tu chegaste onde nem todos chegam.
Tu nadaste, onde só vai quem não tem medo de naufragar.
Tu cresceste, superando barreiras de que muitos fogem.
Tu não te mascaraste e assumiste as tuas fragilidades e os teus defeitos.
Tu aceitaste quem te rodeia e cresceste com eles.
Fazes tudo isto e ainda tens paciência para me ouvires, obrigada…
Castles in the air
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sexta-feira, março 25, 2005
|quinta-feira, março 24, 2005
Talvez não ser é ser sem que tu sejas,
(…)
sem que sejas, enfim, sem que viesses
brusca, incitante, conhecer minha vida,
aragem de roseira, trigo do vento,
e desde então sou porque tu é,
e desde então é, sou e somos
e por amor serei, serás, seremos.
Pablo Neruda, in Soneto de Amor
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(…)
sem que sejas, enfim, sem que viesses
brusca, incitante, conhecer minha vida,
aragem de roseira, trigo do vento,
e desde então sou porque tu é,
e desde então é, sou e somos
e por amor serei, serás, seremos.
Pablo Neruda, in Soneto de Amor
quarta-feira, março 23, 2005
Não é preciso ter um cavaleiro andante que troque saliva comigo, às vezes é tudo ter amigos como tu.
Quando o vento me ralha e a chuva de Maio me molha, quando barco encalha e a vida e não me olha. Adoro as mentiras que me inventas e me fazem feliz. E também as histórias da viagem que nunca fizeste.
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Quando o vento me ralha e a chuva de Maio me molha, quando barco encalha e a vida e não me olha. Adoro as mentiras que me inventas e me fazem feliz. E também as histórias da viagem que nunca fizeste.
e adio as emoções.
Mas depois elas saem, não pelos poros, elas escrevem-se, choram-se, mas só na privacidade do meu quarto. Não quero que ninguém saiba como sou ridícula, como valorizo pedaço de afecto, de amor, de talento, de beleza, de força. E como sou sensível a eles… e de como os aspiro e transpiro, de como vivo para eles e por eles.
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Mas depois elas saem, não pelos poros, elas escrevem-se, choram-se, mas só na privacidade do meu quarto. Não quero que ninguém saiba como sou ridícula, como valorizo pedaço de afecto, de amor, de talento, de beleza, de força. E como sou sensível a eles… e de como os aspiro e transpiro, de como vivo para eles e por eles.
sábado, março 19, 2005
Vejo-te a dois metros e pareces me longe… estás tão longe de mim, do que sou… Mas também eu estou longe, longe do que fui e do que fomos.
Vejo-te, tens a mesma camisola vestida do que a última vez que te vi (se calhar). Tens a mesma expressão no rosto e no corpo. Mas não me pareces tu, estás diferente.
Sinto que significamos o suficiente e menos do que o suficiente para que não exista uma relação entre nós.
Não nos olhamos nos olhos, com medo que aquilo que ambos sabemos esteja lá escrito.
Mas continuamos. Passamos à frente. Parece-me que é isso mesmo. Um dia existimos para que pudéssemos passar à frente.
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Vejo-te, tens a mesma camisola vestida do que a última vez que te vi (se calhar). Tens a mesma expressão no rosto e no corpo. Mas não me pareces tu, estás diferente.
Sinto que significamos o suficiente e menos do que o suficiente para que não exista uma relação entre nós.
Não nos olhamos nos olhos, com medo que aquilo que ambos sabemos esteja lá escrito.
Mas continuamos. Passamos à frente. Parece-me que é isso mesmo. Um dia existimos para que pudéssemos passar à frente.
Da nuvem para um abismo escuro chamado tristeza.
E aí recorro a ti.
Tu que estás aí, me ouves, não importa a hora.
Tu que estás sempre sem ocupação, porque eu estou primeiro.
E ouves-me sem me julgares, sem me amares, sem me odiares, sem me falares.
Num silêncio consentido por nós, onde só se ouve o fluir das palavras.
E aí recorro a ti.
Tu que estás aí, me ouves, não importa a hora.
Tu que estás sempre sem ocupação, porque eu estou primeiro.
E ouves-me sem me julgares, sem me amares, sem me odiares, sem me falares.
Num silêncio consentido por nós, onde só se ouve o fluir das palavras.